Plantas Tóxicas I

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A presença dessas substâncias é uma forma de defesa da planta a seus predadores (aqueles animais que se alimentam dela). 

Assim, ao provar um pedaço de algumas dessas plantas e não passar bem, dificilmente um animal fará isso de novo com esse vegetal, ou outro parecido.



Pensando assim, é fácil saber que não é seguro levarmos à nossa boca pedaços ou plantas inteiras que não conhecemos. 

Por outro lado, como há crianças que ainda não aprenderam isso, e existem plantas tóxicas que podem provocar problemas mesmo quando as tocamos; é importante conhecermos as principais encontradas em nosso país, para evitar esse problema. 

Sabendo quais são, é interessante que não sejam plantadas em casa ou, caso isso já tenha sido feito, é importante evitar que crianças pequenas tenham acesso a elas, e sejam orientadas, desde cedo, a não colocarem esses vegetais na boca ou manipulá-las.

MEDIDAS PREVENTIVAS

1 - Mantenha as plantas venenosas fora do alcance das crianças e animais.
2 - Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e características.
3 - Ensine as crianças a não colocar plantas na boca e não utilizá-las como brinquedos (fazer comidinhas, tirar leite, etc.).Não permita que os animais se aproximem das plantas.
4 - Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica.
5 - Não coma folhas, frutos e raízes desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxicidade da planta.
6 - Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex provocando irritação na pele e principalmente nos olhos; evite deixar os galhos em qualquer local onde possam vir a ser manuseados por crianças; quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após esta atividade.
7 - Em caso de acidente, procure imediatamente orientação médica e guarde a planta para identificação.
8 - Em caso de dúvida ligue para o Centro de Intoxicação de sua região.

COPO DE LEITE

Família: Araceae.
Nome científico: Zantedeschia aethiopica Spreng.
Nome popular: copo-de-leite
Parte tóxica: todas as partes da planta
Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro Clínico: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. 
Sialorréia, disfagia, asfixia. 
Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.
Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, 
bochechos com hidróxido de alumínio),
Analgésicos e antiespasmódicos.Anti-histamínicos. Corticoides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista.


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COMIGO-NINGUÉM-PODE

Família: Araceae.
Nome científico: Dieffenbachia picta Schott.
Nome popular: aninga-do-Pará. 
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro Clínico: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. 
Sialorréia, disfagia, asfixia. 
Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.
Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, 
bochechos com hidróxido de alumínio),
Analgésicos e antiespasmódicos.Anti-histamínicos. Corticóides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista.


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 TINHORÃO 

Família: Araceae
Nome científico: Caladium bicolor Vent.
Nome popular: tajá, taiá, caládio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio Ativo: Oxalato de Cálcio
Quadro Clínico: Irritante mecânico por ingestão e contato (ráfides).
Dor em queimação, eritema e edema (inchaço) de lábios, língua, palato e faringe. 
Sialorréia, disfagia, asfixia. 
Cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarréia.
Contato ocular: irritação intensa com congestão, edema, fotofobia. Lacrimejamento.
Tratamento: Evitar lavagem gástrica ou êmese.
Tratamento sintomático: Demulcentes (leite, clara de ovo, azeite de oliva, 
bochechos com hidróxido de alumínio),
Analgésicos e antiespasmódicos.Anti-histamínicos. Corticóides em casos graves.
Contato ocular: Lavagem demorada com água corrente, colírios antissépticos. Oftalmologista.

COROA-DE-CRISTO 

Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia milii L.
Nome popular: coroa-de-cristo.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo:  Látex Irritante
Quadro Clínico: Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorréia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.
Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de potássio 1:10.000, pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO
.Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico.Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa (leite, óleo de oliva). 
Casos graves: corticóides.Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação oftalmológica.

 BICO-DE-PAPAGAIO 

Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia pulcherrima Willd.
Nome popular: rabo-de-arara, papagaio.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo:  Látex Irritante
Quadro Clínico: Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorréia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.
Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de potássio 1:10.000, pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO
.Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico.Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa (leite, óleo de oliva). 
Casos graves: corticóides.Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação oftalmológica.

 LÍRIO

Família: Meliaceae
Nome científico: Melia azedarach L.
Nome popular: Lilás ou lírio da índia, cinamomo, lírio ou lilás da china, lírio ou lilás do Japão, jasmim-de-caiena, jasmim-de-cachorro, jasmim-de-soldado, árvore-santa, loureiro-grego, Santa Bárbara. 
Parte tóxica: frutos e chá das folhas.
Princípio ativo: saponinas e alcalóides neurotóxicos (azaridina).
Quadro Clínico: Início rápido: náuseas e vômitos.
Quadro semelhante à intoxicação poratropina: pele quente, seca e avermelhada, rubor facial, mucosas secas, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, febre, distúrbios de comportamento, alucinações e delírios, vasodilatação periférica.
Nos casos graves: depressão neurológica e coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito. 
Tratamento: Esvaziamento gástrico com lavagem gástrica (em tempo útil) com água, permanganato de potássio ou ácido tânico a 4%.
Tratamento de suporte/sintomático. 
Tratar hipertermia com medidas físicas.
Evitar sedativos nos casos mais graves. 

URTIGA 

Família: Urticaceae.
Nome científico: Fleurya aestuans L.
Nome popular: urtiga-brava, urtigão, cansanção.
Parte tóxica: pêlos do caule e folhas.
Princípio ativo: histamina, acetilcolina, serotonina.
Sintomas: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, vermelhidão cutânea, bolhas e coceira.

AVELÓS 

Família: Euphorbiaceae.
Nome científico: Euphorbia tirucalli L.
Nome popular: graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado, árvore de São Sebastião.
Parte tóxica: todas as partes da planta.
Princípio ativo:  Látex Irritante
 Quadro Clínico: Irritação de pele e mucosas com hiperemia ou vesículas e bolhas; pústulas, prurido, dor em queimação.
Ingestão: lesão irritativa, sialorréia, disfagia, edema de lábios e língua, dor em queimação, náuseas, vômitos.
Contato ocular: Conjuntivite (processos inflamatórios), lesões de córnea.

Tratamento: Lesões de pele: cuidados higiênicos, lavagem com permanganato de potássio 1:10.000, pomadas decorticóides, anti-histamínicos VO
.Ingestão: Evitar esvaziamento gástrico.Analgésicos e antiespasmódicos. Protetores de mucosa (leite, óleo de oliva). 
Casos graves: corticóides.Contato ocular: lavagem com água corrente, colírios antissépticos, avaliação oftalmológica.


Fonte: Mariana Araguaia, Bióloga, especialista em Educação Ambiental

MAMONA 

Nome científico: Ricinus communis L. 
Nome popular: carrapateira, rícino, mamoeira, palma-de-cristo, carrapato 
Parte tóxica: sementes 
Sintomas: a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta; nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito. 
Princípio ativo: toxalbumina (ricina) 

PINHÃO-ROXO 

Nome científico: Jatropha curcas L. 
Nome popular: pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo, mamoninho, purgante-de-cavalo 
Parte tóxica: folhas e frutos 
Sintomas: a ingestão do fruto causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca. 
Princípio ativo: toxalbumina (curcina) 

MARGARIDA 

Nome científico: Chrysanthemum leucanthemum 
Nome popular: margarida-comum, bela-margarida, bonina, bonita, mãe-de-família, margarida-rasteira, margaridinha; 
Parte tóxica: folhas e caule. 
Sintomas: irritação na pele e coceira. 

HORTÊNSIA 

Nome científico: Hydrangea macrophylla 
Nome popular: Hortênsia, hortência, rosa-do-japão, hidrângea 
Parte tóxica: folhas e gomos. 
Sintomas: náuseas, irritação na pele, dor abdominal e suores. 
Princípio ativo: licosídeo cianogênico - hidrangina 

BEGÔNIA

Nome científico: Begonia elatior 
Nome popular: Begônia 
Parte tóxica: Raiz 
Sintomas: provocar irritação na boca, língua e lábios, dificuldade em engolir e sensação intensa de queimadura. 

ANTÚRIO 

Nome científico: Anthurium andraeanum 
Nome popular: Antúrio 
Parte tóxica: tronco e folhas 
Sintomas: ardor na boca e dificuldades em engolir. 
Fonte: bonde.com

Fiquem atentos: BABOSA/ ALOE VERA

A casca da folha da babosa contém um substância chamada de aloína, que é tóxica para o organismo. Por isso, nenhuma receita deve ser preparada utilizando a parte externa da folha. O consumo excessivo da planta também pode trazer malefícios como enjoos, dermatites e alergias. Cerca de 1% da população mundial é alérgica a aloe vera. Sendo assim, antes de utilizar a planta, faça um pequeno teste: corte a folha e aplique um pouco do sumo na orelha. Se não houver nenhum tipo de reação, você poderá utilizar a aloe vera normalmente. Fonte: natural.enternauta.com

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