Sustentabilidade: economizando água


Vamos economizar água !!!!!



No dia mundial da água, 22 de março, constatou-se que os níveis dos reservatórios do  sistema cantareira, que abastece 14 milhões de moradores da Grande São Paulo e Campinas, estavam no menor nível desde o início de sua operação: 15% da capacidade.
Veremos algumas formas de armazenamento de água:

CISTERNA

O aproveitamento da água da chuva impede que esse recurso precioso seja desperdiçado seguindo direto para as galerias pluviais, ajuda a contornar os cortes de fornecimento e , de quebra, pode diminuir a conta mensal em torno de 20%. O primeiro passo é determinar o tamanho do reservatório de acordo com a média das chuvas na região, o cálculo é feito por engenheiros, e definir o destino que será dado para aquela água. Os projetos de aproveitamento de águas pluviais para fins não potáveis seguem os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15527/2007 que estabelece diretrizes para projetos seguros.

Como funciona uma cisterna: água da chuva coletada pelas calhas ou lajes, é armazenada em uma cisterna, que pode ser subterrânea ou ficar sobre o piso. Em geral o reservatório mede entre 1m e 1,5 m de diâmetro e tem 2 m de profundidade. Depois de filtrada e tratada, por processo manual ou automatizado a água vai para outro reservatório.

Reservatórios pequenos custam a partis de 3000 reais e o sistema de tratamento custa entre 6 mil e 20 mil reais

REÚSO

Uma das formas de reduzir o consumo de água em condomínios e residências é por meio do reúso da chamada "água cinza", aquela proveniente de banheiras, pias e chuveiros e da lavagem de roupas, que pode ser tratada e reutilizada antes de ser descartada, a água cinza corresponde a 80% do gasto residencial.

Como funciona: em vez de cair na rede de esgotos, a água cinza é levada para uma central de tratamento com filtros e bombas. Geralmente esta central fica no subsolo do edifício, numa sala de máquinas onde ocorre o tratamento biológico para remover a carga orgânica. De lá a água segue para a caixa de água de reuso e abastece pontos de água não potável. A economia na conta varia de 30% a 50%, o ideal é que este sistema seja executado já na construção ou durante grandes reformas, pois requer o planejamento de tubulações. É necessário uma áreea de 15 metros quadrados.
A implantação em um prédio de oito apartamentos com quatros moradores em cada um pode custar 30 mil reais. Para casa em torno de 20 mil reais.

POÇO

Para se explorar água subterrânea é necessário obter licença do órgão responsável. Em São Paulo, esta é fornecida pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica. DAEE.

Como funciona: o poço artesiano requer espaços amplos. Já o semiartesiano se adequa a espaços menores, em ambos os caso o resultado é discreto, pois o poço tem menos de 30 cm de diâmetro. para levar água do poço à caixa d´agua, usa-se bomba de acionamento manual ou automático. Todo o trabalho é feito por empresas especializadas em perfuração de poços, que também coletam amostras de água e as encaminham para análise.

Poços profundos. a partir de 100m,  custam em torno de 30 mil reais. Já um semi cartesiano de 30m de profundidade sai por cerca de 15 mil reais.

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Existem acessórios que reduzem o consumo de água:

Redutor de vazão: basta retirar a torneira, acoplar o acessório à tubulação  e então recolocar a torneira. Pode ser encontrado em assistências técnicas e reduzem até 50% ou mais no consumo nas torneiras da cozinha, banheiro e área de serviço. Nos chuveiros a economia é de 60%.

Descarga de duplo acionamento: desde 2001, as bacias sanitárias devem dispensar no máximo 6 litros por descarga contra 12 litros dos modelos antigos. Os modernos sistemas permitem duplo acionamento são mais econômicos ainda. Nos vasos sanitários com caixa acoplada é possível trocar apenas o cartucho da caixa pelo sistema de duplo acionamento.
Redução de 60% no consumo.
Para trocar gasta-se 30 reais, o vaso sanitário com caixa acoplada poderá custar atá 150 reais.
Matéria divulgada na Revista Veja, 2 de abril de 2014.