Sustentabilidade: madeira reflorestada

 SUSTENTABILIDADE










1)    Para equilibrar o consumo de árvores nativas, desde os anos 60 o Brasil passou a contar com espécies plantadas. "As madeiras de reflorestamento, como pínus e eucalipto, podem ser cortadas com idade entre 10 e 15 anos, enquanto qualquer nativa precisa de mais de 30 anos", avalia Carlos Alberto Funcia, presidente da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS), de São Paulo. Segundo ele, temos 6,1 milhões de hectares de florestas plantadas e devemos dobrar esse número em até oito anos. Mas alguns cuidados precisam ser lembrados, já que essas árvores não dispõem de alta resistência natural e pedem tratamento químico em autoclave. Clique na foto baixo para saber o preço e onde estas espécies são vendidas.  Casa.com 19-jun/09

 
Produzido com madeira reflorestada

2)    Há quem defenda que a única forma de ter certeza sobre a procedência legal é comprar madeiras com selos de certificação - só o DOF não bastaria. Eles atestam que a extração de nativas e reflorestadas seguiu planos de manejo sustentável, em que se retiram controladamente as árvores, com baixo impacto ambiental e preocupação social. "Mesmo que certa carga de madeira tenha entrado legalmente em São Paulo, não significa que ela tenha sido produzida de forma legal", observa Maurício Voivodic, coordenador de certificação de florestas naturais do Imaflora. As espécies ao lado têm densidade e resistência altas ao ataque de fungos e cupins - menos a muiracatiara, com durabilidade menor em relação a cupins. Clique na foto ao lado para saber o preço e onde estas espécies são vendidas. Casa.com 19-jun/09



Mosaicos com madeira reflorestada
3)    O Greenpeace Brasil estima que 80% da madeira produzida anualmente na Amazônia seja ilegal. "Ao comprar produtos de origem legal, você obriga a exploração responsável", afirma Carlos Fabiano Cardoso, coordenador de monitoramento e controle florestal do Ibama, em Brasília. Para saber se uma madeira nativa é licenciada de acordo com esse órgão, deve-se conferir o Documento de Origem Florestal (DOF), que atesta a legalidade da cadeia produtiva. "Diferentemente da antiga ATPF , ele é eletrônico e marca as medidas das peças", explica o engenheiro Helio Olga, da Ita Construtora, de São Paulo. Casa.com 19-jun/09



O que é certificação florestal?



A certificação florestal deve garantir que a madeira utilizada em determinado produto é oriunda de um processo produtivo manejado de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável, e no cumprimento de todas as leis vigentes.
Madeira reflorestada


A certificação é uma garantia de origem que serve também para orientar o comprador atacadista ou varejista a escolher um produto diferenciado e com valor agregado, capaz de conquistar um público mais exigente e, assim, abrir novos mercados. Ao mesmo tempo, permite ao consumidor consciente a optação de um produto que não degrada o meio ambiente e contribui para o desenvolvimento social e econômico das comunidades florestais. Para isso, o processo de certificação deve assegurar a manutenção da floresta, bem como o emprego e a atividade econômica que a mesma proporciona. 







O que é o FSC?
O FSC é hoje o selo verde mais reconhecido em todo o mundo, com presença em mais de 75 países e todos os continentes. Atualmente, os negócios com produtos certificados geram negócios da ordem de 5 bilhões de dólares por ano em todo o globo. FSC é uma sigla em inglês para a palavra Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português. 

Como surgiu o FSC?
Este conselho foi criado como o resultado de uma iniciativa para a conservação ambiental e desenvolvimento sustentável das florestas do mundo inteiro. Seu objetivo é difundir o uso racional da floresta, garantindo sua existência no longo prazo. Para atingir este objetivo, o FSC criou um conjunto de regras reconhecidas internacionalmente, chamadas Princípios e Critérios, que conciliam as salvaguardas ecológicas com os benefícios sociais e a viabilidade econômica, e são os mesmos para o mundo inteiro.

Como atua o FSC?
O FSC atua de três maneiras: desenvolve os princípios e critérios (universais) para certificação; credencia organizações certificadoras especializadas e independentes; e apóia o desenvolvimento de padrões nacionais e regionais de manejo florestal, que servem para detalhar a aplicação dos princípios e critérios, adaptando-os à realidade de um determinado tipo de floresta.


Saiba mais:

O que é necessário para a certificação de uma área florestal?

A certificação FSC de uma área florestal requer que a operação florestal nessa área seja feita de modo:




- Ecologicamente correto
Utilizar técnicas que imitam o ciclo natural da floresta e causam o mínimo impacto, permitindo sua renovação e sua permanência, bem como da biodiversidade que abriga. Por exemplo, a floresta é provedora da matéria prima da Indústria papeleira - se não houver floresta, não é possível oferecer o mesmo produto nem na mesma quantidade. E o papel é um bem essencial na sociedade moderna.

- Socialmente justo
A propriedade de uma área florestal e toda a atividade precisa ser legalizada, o que significa pagar todos os tributos e respeitar todos os direitos trabalhistas, inclusive no item segurança do trabalho. Além disso, o processo de certificação FSC é transparente, o que permite sua fiscalização por qualquer entidade ou indivíduo da sociedade civil. Finalmente, os princípios e critérios do FSC são decididos com a participação igualitária dos três setores: ambiental, social e econômico.

- Economicamente viável
As técnicas de manejo florestal requeridas pelo FSC aumentam a produtividade da floresta, garantem a durabilidade dos investimentos, e AGREGAM valor ao produto. O selo FSC no produto já é uma demanda do mercado para o qual ainda não há suficiente oferta, e isso significa que um produto com o selo FSC garante a permanência no mercado e abre novos mercados.

Qual a importância da certificação para a indústria papeleira?
A adesão da indústria papeleira do Brasil à certificação FSC significa sua permanência no mercado, a oportunidade de introduzir novos produtos no mercado, e um passaporte para a modernidade e para a economia globalizada. Significa, também, a durabilidade do empreendimento e sua permanência no mesmo local, mantendo os empregos da comunidade e viabilizando os investimentos.

Outro fator relevante, no Brasil, é o fato de a certificação melhorar a imagem dos empresários do setor. Ela distingue os que operam de forma correta daqueles que estão na ilegalidade, que agem de forma predatória ao destruir a floresta e sua biodiversidade, o que os obriga a buscar sempre novas florestas, mudando constantemente de lugar, sem benefício para a comunidade local, utilizam trabalho infantil, mantém empregados sem carteira assinada e sem equipamentos de segurança, não pagam impostos, e assim por diante.

Como a cadeia de custódia pode influenciar?
A certificação da cadeia de custódia permite colocar o selo do FSC no produto final . Este selo orienta os compradores e consumidores sobre a origem da matéria-prima florestal, pois a certificação da cadeia de custódia exige o rastreamento da mesma desde sua colheita até a comercialização do produto acabado, pronto para o consumidor final. Quando se identifica o selo FSC no produto, sabe-se que a floresta da qual ele é oriundo está sendo explorada de acordo com todas as leis vigentes e de forma correta do ponto de vista ecológico, social e econômico. Isso diferencia o produto de outros similares e agrega valor. E estende a toda a cadeia de produção e comércio os benefícios da certificação.

Como podemos avaliar o Brasil quanto à evolução do processo de certificação?
O Brasil é hoje o país com maior área de florestas e o maior número de produtos certificados pelo FSC. São mais de 3 milhões de hectares de florestas certificadas desde o Amazonas até o Rio Grande do Sul e cerca de 170 certificações de cadeia de custódia. A maior parte dos produtos com selo FSC destinam-se hoje à exportação para países europeus e da América do Norte. No entanto, já existe um número superior a 60 organizações (indústrias, designers, governos estaduais, entidades de classe e outros) pertencentes ao Grupo de Compradores de Madeira Certificada, entidade que assume publicamente o compromisso de dar sempre preferência ao produto certificado.
Logo


Quais as perspectivas do FSC para o Brasil?
A criação do FSC Brasil (o Conselho Brasileiro de Manejo Florestal), em 2001, é o resultado do avanço da certificação florestal no Brasil. A perspectiva é o crescimento constante das áreas florestais certificadas e dos produtos com cadeia de custódia certificada. A criação de padrões brasileiros para plantações, floresta amazônica de terra firme e outros tipos de floresta encontradas no país facilita e homogeiniza a atuação das certificadoras ao mesmo tempo que garante a competitividade dos empreendimentos brasileiros, além de propiciar o credenciamento de certificadoras brasileiras. Hoje, o mercado de produtos brasileiros certificados pelo FSC movimenta mais de R$ 1bilhão por ano e a estimativa é que este número atinja R$ 3 bilhões até 2007.

Haverá conflito com certificações nacionais, como, por exemplo, o CERFLOR?
Não se trata de conflito, pois as diversas iniciativas atuam em diferentes âmbitos e níveis de exigência. O surgimento de vários selos reflete a exigência crescente do consumidor e seus fornecedores, bem como a tentativa de facilitar o acesso à certificação através de um nível menor de exigência. O FSC é hoje o selo verde florestal mais aceito internacionalmente, até porque ele é resultado de um movimento democrático e transparente proveniente de mais de 30 países envolvendo lideranças ambientalistas, empresariais, técnicas, movimentos sociais, comunidades que habitam as florestas e outros. Isso significa que os princípios e critérios estabelecidos pelo FSC contemplam na mesma medida os interesses de todas as partes envolvidas, sem privilegiar nenhuma delas.

O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?


Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.

Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.

Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. 

Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. 

O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.



Fonte: WWF

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